Mulheres, gênero e ciência

09/04/2019 10:41

O trabalho de mestrado defendido em 2018 pela Maria Lucia de Camargo Linhares tem como título Elisa Frota-Pessoa: a textualização de suas (auto)representações e questões de gênero nas ciências.

Na bancas, as professoras Marinês Cordeiro do CFM/UFSC e Mariana Brasil, do CED/UFSC.

[…] Ninguém conhecia uma mulher brasileira Física. Não podiam conhecer mesmo, pois creio que fui a primeira mulher no Brasil a fazer um curso de Física e continuar trabalhando no campo.(Elisa Frota-Pessoa, 2004)

Trata-se da análise de um texto com características peculiares, uma  cruzamento de entrevista com autobiografia, com uma das primeiras mulheres a se formar em Física no Brasil, falecida aos 98 anos, alguns meses depois da defesa da Maria Lucia ainda em 2018. Analisando como falam de Elisa e como Elisa fala de si, num diálogo com a noção de escrita de si de Michel Foucault, o texto de Maria Lucia aborda a resistência no e pelo narrar-se, no que toca às relações entre mulheres e ciência.

Elisa Frota-Pessoa foi uma das criadoras do CBPF – Centro Brasileiro de Pesquisas Física e teve papel importante na pesquisa sobre partículas elementares, principalmente sobre o Píon (meson pi).

Sua análise da entrevista com Elisa abre possibilidades para o uso deste tipo de texto com estudantes da educação básica e, quem sabe, na produção das escritas pelas próprias alunas ao narrarem a si mesmas na sua relação coma física escolar.

 

 

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